A vida? Não estamos preparadas…

Não sou fome
que, fugaz,
se nutre e satisfaz
finaliza ímpetos
sou mais, voraz,
salivo no menor sinal
de tua pele, teu cheiro, teu gosto
insacio-me com deleite
habito teu suave descanso
enquanto teu sorridente silêncio
se apresenta, extasiado
respira, desaba, abraça
entrelaça: nós em si
pele que se confunde em suor
de novo, mais uma vez,
ávido torpor
não sou fome
sou vontade de comer
As rosas são vermelhas
As violetas são azuis
essa poesia clichê
sem rima, se assemelha
Je ne sais pas qui je suis
(uma constância sem você)
Rosas são libertas
violetas irrompem em cor
catártico é o escrito
que com rima, flerta
na busca de tom, com sabor
para o afago fortuito
Ele desponta na próxima esquina, sem rumo, nem destino
encanta, sorri, abraça, morde, dorme, acorda, delicia o dia
enquanto na vida, num repente, se aconchega no sorriso
desmonta o coração, a calmaria, intranquila mania da menina
que reluta, em sua armadura constante, estranha dureza cotidiana.
Reluta, até o abrigo do cafuné na barba, do ímpeto da poesia,
do suspiro prolongado e diz:
Se achegue…
A casa é sua, seu moço, pode entrar.
Faz da vontade, morada,
não repara na poeira, minha esdrúxula bagunça,
o último morador não soube cuidar.
(poesia em Parceria com Simone Bispo, do blog Dona Bispa)
Foto retirada de:http://data.whicdn.com/images/7514103/tumblr_lha5u6MBLA1qbujfgo1_500_large.jpg?1298833476
Não gosto de silêncio, de ruído, de paz ou de tormenta.
Não gosto do conforme, sublime calmaria intranquila da submissão (pensada ou não).
Daquilo que corrói por prender em aquietamentos, ideais de neutralidades, pífias vontades de tranquilidade, em um sofá de comodismos? Não gosto.
Não gosto de sentir esse peso da rotina, aprisionamentos costumeiros de horários, vestimentas, cortesias e desmandos à toa.
Não gosto do olhar fugidio e julgador, que silencia vozes, a minha voz, reafirmando o que está posto sem deixar o pensamento emergir.
Eu gosto do teu sabor, contraditório, teimoso, voraz.
Tenso, me desafia, transforma, disforme inconstância.
Gosto do sorriso incrédulo frente a miudezas cotidianas.
O que movimenta, ou faz parar (retomar o fôlego em suave descansar), e movimenta novamente.
Gosto do som baixinho e inconstante de tua respiração, quando se aproxima de minha pele.
Gosto do silêncio que fazes ao mirar, mimar, cuidar, tocar.
E da risada de quem desacredita na inocência alheia, pasmo diante de cegueiras crédulas.
Eu gosto. Da calmaria do sono, da turbulência da vida.
Gosto, salivo, d.e.s.e.j.o.
Gosto. Mas não te conheço.
Persigo o mundo! #protaagonizo
tempos de poesias fugazes
sobre amores vorazes
e sentimentos vazios
tempos de amores vazios
sobre poesias vorazes
e sentimentos fugazes
tempos de sentimentos vorazes
sobre amores fugazes
e poesias vazias
tempos vazios
(sem ti)
o gosto pelo mundo que te faz fuga
me faz rota eventual
passagem em passos apressados
delineados com acaso
o teu jeito desleixado te faz fugaz
em meu corpo, insano intencional
encontros esparsos, dias desabitados
em uma vida de descaso
não te gosto por inteiro
não te amo todo o tempo
não te quero encerrado
não te desejo satisfeito
eu anseio prazer mundano
sedenta por sorrisos à toa
dispersões estratégicas
em caminhadas ao luar
eu quero ser tua não rotina
poesia inconforme
de amar diferente
todo o dia
Mudo mundo contemporâneo
Esbaforido de ruído e sensações
[sem sentido]
bloqueios [teus] que silenciam
[meus] mundos e vontades
#viraapáginaemedeixeentrar
Pra escrever o que eu acho sobre tudo que gosto
TROVANDO ideias
todo mundo pode cozinhar
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]