Sobre ressacas…

sobre a vida, sobre ressacas 😉
sobre a vida, sobre ressacas 😉
Se a intensidade faz parte do cotidiano
Se o atroz integra tua vida na minúcia
Risadas frenéticas, choros incontidos
Instantes que invadem, fugazes e perenes
Afirmamos: distância só é ausência e silêncio
Para aqueles que desejam se desencontrar
A companhia para cada ocorrência
É habitar na existência do outro
(imagem de Ricardo Liniers)
E cada vez é menos uma vez
roda a saia, roda o mundo,
e não para mais…
Cada dia é mais próximo, chega logo,
acha casa, acha sala, acha vida
e desacomoda o torpor…
A cada volta chega mais perto,
agora tá do lado, (des)pede e vem
e sorri com querer
Momentos de ansiedades insanas.
Eles querem é te incluir na roda
fazer a ciranda girar e girar
cantar enquanto te param na rua
estancam tua vida por horas e horas
param tudo o que faz a rotina rodar [parada]
PARA TUDO e vai com eles rodar
S E M P A R A R
Eles querem é te incluir na roda
sentam na avenida, organizam a pauta
habitam a rua, remontam a vida
que deixamos passar
que esquecemos lá atrás!
Te liberta dessa mesmice
Te permite fazer parte da roda
que essa rua também é tua
e ela estanca é para continuar
Te permite aprender
Eles querem nos incluir…
OCUPAM e nos ensinam:
Como é que se apanha e segue na luta
Como é que se para uma cidade
Sentando na avenida
dormindo no chão
Chorando no ar da pimenta
Enfrentando batalhão
Reorganização? SIM:
do nosso parco
cotidiano
que todo dia
faz tudo sempre igual
estanca
esmaga
esmorece
não
permite
respirar!
#ocupaescola
E nos ensina: a viver
Foto retirada de:
http://goo.gl/Xn0eOi
Foto retirada de:
http://goo.gl/uWxE98
E lá o acaso tem razão?
Dizem que nada acontece sem ele, sempre há quem explique por motivos quaisquer os acasos da vida.
De que valem acasos, se não nos debruçarmos neles e não nos forçarmos, minimamente, para fazê-los acontecimentos? Significá-los de algum modo? Torná-los parte de nós?
Acasos, acontecimentos, “Forças imperceptíveis do universo”… Ora essa, meu caro… com ou sem explicações aparentes, de nada seriam interessantes, sequer possíveis de transformar nossa existência, a não ser que queiramos – e não sem empenho.
Relógios…
limitam momentos, determinam o instante
demarcam a exatidão, controlam o prazer
por ignorar a minúcia do gostar à toa…
O voraz tempo da cidade é incapaz de romper a preguiça
daqueles (como nós) contraventores do aprisionamento
que a contagem dos segundos nos impõe
A suavidade é plena quando compartilhada a intensidade
do compromisso selado em nada fazer e, assim, muito curtir.
é na possibilidade de não sentir o tempo quando juntos
que aproveitamos o espontâneo sorrir,
espreguiçamos no deleite do simples estar
Despretensão amiga, vontade sincera
(Não é sempre que tem um bichinho besta que gosta de acompanhar)
Estenografia:
categoria
de ortografia
com fina sintonia
sem analogia
com mercadoria
ou melancolia
Verborragia:
categoria
de galantaria
sem hipocrisia
nem desarmonia
uma teimosia
na caligrafia
Poesia:
categoria
de calmaria
todo o dia
de ventania
uma euforia
com ousadia
E você sabia
que eu comporia
como cortesia
sem assepsia
nem metodologia
por pura mania
de querer tua companhia?
Aguardo e contemplo,
Um tempo vazio
Um espaço sem vontade.
Conviver ainda é oportunidade para poucos.
Por momentos de insanidade
Ocupo, numa intenção sem fim,
Acontecimentos fugazes
Incapazes de suprir
A solidão vulgar da urbanidade
Não. Não espere complacência.
Não dou sorriso de graça,
Se ele for vazio de sentido
De mim ganhas, de fato:
Paciência, solidariedade, sorriso,
Tempo de escutar, espaço de habitar.
Não espere nada além do óbvio:
Diálogos longos, ou breves
Sincera vontade em tumultos racionais
E (im)paciências vulgares…
Insis(desis)tências de um mundo comum.
Insisto, mais que desisto.
Mas não deixo passar raridades
Por atropelos da vida 😉
Pra escrever o que eu acho sobre tudo que gosto
TROVANDO ideias
todo mundo pode cozinhar
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]