Em verso
Em qualquer caderno meu encontro:
saliva, pele, vontade.
Pedaços de falta ou constância
abocanhadas com dentes e garras
Palavras e rascunhos, desejo e silêncio
barba, cafuné e saudade.
Tu em verso
[e só]

#SóParaOsRaros #Poesia
Em qualquer caderno meu encontro:
saliva, pele, vontade.
Pedaços de falta ou constância
abocanhadas com dentes e garras
Palavras e rascunhos, desejo e silêncio
barba, cafuné e saudade.
Tu em verso
[e só]
#SóParaOsRaros #Poesia
A simplicidade, meu caro, nunca foi o que a regeu. Ela sempre buscou aquilo que a encanta, o que arranca a risada mais espontânea e inesperada. Risada esta que reaparece, dias depois, suavemente (naqueles momentos despretensiosos, em que estás caminhando na rua? Sabe como é?).
Só que os encantamentos – dizia ela – são múltiplos e estão espalhados por aí no mundo. Sorriso? Era seu primeiro olhar, o que a fazia parar tudo e prestar atenção com um foco raro (quando a chamam de distraída é por nunca terem visto essa menina observando um sorriso).
Um jeito vadio (ela adora o som dessa palavra: v.a.d.i.o. dita pausadamente, com um sorriso estampado nos lábios), uma conversa boba (mas sincera), elogios estranhos e inesperados
– Nada de chamar de linda!!! Isso é fácil – dizia ela…
Mas: narrar a curva que a costela faz quando ela se deita?
Encantar-se com a implicância de seus pensamentos e devaneios?
Aguardar as palavras narradas à exaustão?
Falar da elegância do vestido e coturnos ao ir na padaria?
Ou, ainda, ressaltar o quanto decotes são comuns: “mas essa tua panturrilha, com esse coturno? Foi a primeira coisa que vi…”?
Um jeito que faz a menina se perder: no sorriso, na pele, na vontade, no diálogo, na mordida, na saliva, no silêncio, no olhar, no cafuné, na barba, no sorriso de novo: prazer, suor, câimbra, gargalhadas, suspiro.
Se encanta por vários, ama-os muito, quer um pouco de cada um
Como se fosse possível misturar cada pedacinho dos amores e prazeres num potinho
(e ela sempre acrescentava pedidos por peles mais rabiscadas – um deleite à parte)
Ela se perde: toda vez.
O problema?
Essa difícil mania da menina…
Ela amava demais, e não tinha medo de declarar o amor. Mas apaixonar?
Só por aquele que ela não compreende, aquela ânsia pelo desafio
E ela seguia sem compreender [portanto]
A simplicidade, meu caro, nunca foi o que a regeu…
Teu sorriso faz encanto
Tua fome é desejo
Tua saliva causa sede
Tua barba é deleite
Teu beijo é vontade
Em quem?
Tua fuga
Teu acaso
tua respiração
[minha (in)sanidade
suspira teu sorriso]
Teu silêncio
Teu melhor som
minha melhor resposta
Sobre lembranças fugazes, sobre minha sanidade, sobre tua pele
Sensação
o desejo, ávido, do tato, do toque
da textura do som da tua barba
em minha pele
Intuição
devaneio, inquieto, de saber
que a saudade mútua não supre
anseios inventados por nós
Imaginação
insana ideia que não sai do pensamento
aquilo que ao lado não está
mas fecha os olhos e mira: estás.
Boa noite.
Só espero
essa distância
diminuir
para sentir
teus elogios
de pertinho
enquanto
escuto
tua barba
em mim
[Poesia/Acróstico sob encomenda para a família FanFab, a pedidos…]
Sobre os balanços de fim de ano, as constatações gerais e as resoluções… Mais um ano que as obviedades nos chegam: Amamos barbas. Amamos e queremos bem, queremos muito.
E por amar, neste balanço geral, declaramos sem pudor:
Foi ao
Acaso que
Conheci esse
Amor e
Agora?
Movimento
Os dias,
Respiro,
Namoro
Apego
Obrigo-me a
Fazer do
Amor
Calor,
Ardor!
Amor? Aos
Barbudos!
Ainda
Resolvo esse
Bem-querer num
Afago
Relatórios, artigos, trabalho
Café, Café, Café
Lê, corrige, chora
Chimarrão, carne, cerveja?
Beijo, barba, sorriso?
Pele, abraço, cafuné?
Não! Ainda não
Papéis, papéis, papéis
Confere, presta conta
Descabela, não dorme
Café, café, café
Fala, sorri, encanta?
Não! Hoje não.
Trabalha, trabalha, trabalha
Café, mais café.
Corrige, dá nota
Ponto, vírgula, acento
Chocolate, Doors, alegria?
Fala, mostra, silencia
Paciência, inspira, expira
Relatórios, Trabalho, leitura
Corrige, corrige, corrige
Café, muito café.
Não dorme ainda
Hoje ainda não
Férias? Logo mais
Hoje? Café, Relatório
Banca, Prova, silêncio
Trabalha, trabalha, trabalha
Só mais quatro
Conta, vibra, sorri
Meus cem dias
Mais trinta dias
Mais sete dias
E aí, poesia?
Festa, muita festa.
Sorrisos, só sorrisos.
Família, amigos, família
Praia, sol, mar
Céu, Estrela, Saturno
Lua cheia, olha
Admira, admira, admira
Suspira, respira, inspira
Pira! Somente pira
Rede? Dorme, espreguiça
Poesia, escrita, palavra
Fotografa, olha, registra
Cerveja, Carne, Chimarrão
Tapioca, queijo, camarão
Cerveja, cerveja, cerveja
Escolhe o vestido
Sorri, olha, sorri
des ves te
Pele, beijo, suor
Respira, suspira, explora
Câimbra? Espreguiça: relaxa
Cafuné, barba, cafuné
A fa go
Espreguiça de novo
Rede, quietude, leitura
Dorme, acorda, dorme
Espreguiça, acorda, sorri
Dorme de novo
Só quatro dias!
Espera, espera, espera
E meus olhos
que buscam
que teu sorriso
intime insistentemente
meu sorriso?
E minha pele
que aguarda
pacientemente
o passeio prometido
pela tua desleixada barba?
Ideias, ideias, ideias
Bióloga, professora, escritora compulsiva, fotógrafa imprecisa. Alguém que pensa que faz e tenta ser o que pensa. ;)
Pra escrever o que eu acho sobre tudo que gosto!
TROVANDO ideias
todo mundo pode cozinhar
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]