Encontros (De que vale a vida?)
De que vale a vida sem sorrir?
De que vale o instante sem prazer?
De que vale
Amizade sem compreensão?
Tempo sem paixão?
Olhar sem pretensão?
De que vale a vida sem sorrir?
De que vale o instante sem prazer?
De que vale
Amizade sem compreensão?
Tempo sem paixão?
Olhar sem pretensão?
Em um espaço
Idas e vindas
Vazio no olhar
Frieza da pressa
Do horário marcado
Do cansaço estampado
Vida de andarilha
Vida de entremeios
Vida sem lugar
Ir, vir, ficar
Rir, pedir, encantar
Sonho de Inquietude
Instantes de amar
Intensidade
Casa em silêncio
Brisa no cabelo
Intensidade
De tudo viver,
Sorrir, chorar
Intensidade
Intensa vontade
Abraçar o mundo
E nesse abraço morar.
No corredor
Porta entreaberta
Roupas deixam rastros
Na direção de um dos quartos
Não resta nada…
Ele sentado em sua cama
Mãos na cabeça,
Suspiro ecoando nas paredes
Um intenso amor, uma paixão,
Ela, com desdém, se vai
Um suave caminhar para fora da casa
Pensamentos em silêncio
Uma noite longa, um pouco de nada
Mais um dia,
menos de um tempo
De sono, de sonhos,
De uma vida vazia
Poesia feita em colaboração com Phill-it (http://www.facebook.com/phill-it)
Não é deixar de lado
É não mais reconhecer
Houve um tempo feliz
Em cada detalhe da rotina
Que permanece ali, residente
Mas sapiente do seu lugar
Passado Mais Que Perfeito.
O turbilhão é interno
A confusão, egoísta
O gostar segue pleno
E, como aliado, um tempo
Um espaço, um amigo
Com afeto, Sem afago
Silêncio, o momento
Em que as palavras não bastam
Ou não existem
Excesso, dos instantes
Em que a prudência perde
Para a ansiedade
Entre o nada, que significa
E o tudo, que atordoa
A tênue linha percorrida
Todos os dias…
O que possibilita sentimento?
O que determina o que sentimos?
Estética?
Vivência?
Rotina?
Tormenta?
Calmaria?
Tempo. Tempo?
I-da-de
Sinceridade
Voracidade
Intensidade
Olhares e sorrisos encantam
Palavras declaram, mas só o tempo
Vivido em intensidade
Sincera vontade
Ávida liberdade
Denuncia o amor que sentimos
E-TER-NI-DA-DE!
Eu? Prefiro um amor que dure o tempo!
Que tempo?
Ora, o da felicidade!!!
Quanto tempo dura esse amor?
Uma conversa
Um suspiro
Um abraço
Um beijo
Uma noite
Um dia
Uma semana
Uma estação
Um ano
Uma vida
E lá existe jeito de medir tempo de felicidade?
Eu prefiro um amor que possua
O tempo
Do sorriso nos lábios
Do café na cama
Da manhã preguiçosa
Troco eternidade, por intensidade
E cafuné sincero
Ontem, barulhos na mente…
Hoje, calmaria
Decisões assumidas
Promessas de poesia
Indicam pensamentos
Sugerem ações
Aguardam respostas
Hoje, minutos bem vividos
Café feito na hora
Trabalho bem feito
Domingo preguiçoso
Sono bem dormindo
Risadas com amigas
Ah! Não há nada melhor
Do que um tempo
Depois de outro
Depois de outro
Depois de outro
O tempo de parar, o tempo de respirar…
Quanto tempo dura uma pausa?
Quanto tempo gastamos, inutilmente, em uma tarefa
por não fazer uma pausa?
O tempo de um parágrafo?
O tempo de um cansaço?
O tempo de uma vida?
Reunindo gerações
Em volta da mesa
em cima da cama
no intervalo do trabalho
no parque do domingo
ou ao longo das tarefas
Inspirando corações
Ela, a cafeína
presente nas mais cotidianas tradições
No café ao despertar
No mate ao reunir
No chá ao entardecer
Na universidade ao estudar
Ela, sempre, nos oferece
o tempo de parar e respirar
Quanto tempo dura uma pausa?
O tempo de conversar em família
O tempo de produzir uma dissertação
O tempo de escrever duas frases
O tempo de procurar a citação
O tempo de um pensamento
Que vai longe e, quando volta, nos diz
Que entre um gole, e outro gole, e outro gole
É o tempo de uma vida feliz
Imagem retirada de: http://www.flickr.com/photos/10paezinhos/9711278232/
Pensado a partir do Quase nada 227, de Fabio Moon e Gabriel Ba
Inspirada em amigos, em conversas, em pausas para o café e o mate, em família. Em tempos bem passados.
Pra escrever o que eu acho sobre tudo que gosto
TROVANDO ideias
todo mundo pode cozinhar
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]
[o acaso da vida existe, a aleatoriedade da escrita: jamais!]